UGC Creator: o que é essa nova onda?

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4 min readSep 28, 2022

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O termo UGC já anda ao nosso redor há algum tempo. UGC é User Generated Content ou, em bom e velho português, conteúdo (espontaneamente ou organicamente) criado pelo usuário, algo que as marcas amam: uma empresa que tem gente que é fã fazendo conteúdo de graça, promovendo a marca, sabe quanto isso vale. Mas se isso é coisa de fã de marca, o que é UGC Creator? É disso que a gente vai falar aqui.

Primeiro, um passinho pra trás: por que UGC importa mesmo? Porque a gente ouve mais indicações de amigas e amigos do que da marca, né? É por isso que o trabalho das marcas com creators, o marketing de influência, importa tanto: creators estão mais próximos de gente querida e, portanto, de uma recomendação, do que publicidade tradicional. É mais convincente.

Então, quando uma pessoa do nosso círculo faz um conteúdo promovendo uma marca de graça, a gente dá mais atenção, certo? Quando creators fazem #publis, a gente também tende a ouvir mais, porque tem afinidade com aquela pessoa, uma conexão. Mas sabemos que é uma publi. Agora que o cenário tá montado, bora falar de UGC creator.

Tá, o que é UGC creator?

Como a gente disse lá no começo do post, UGC ou user generated content é conteúdo criado de forma espontânea ou orgânica (leia-se: sem contrato, nem combinados, nem pagamentos) por gente que usa determinado produto e acaba promovendo a marca ao criar um conteúdo sobre ele.

“User”, a pessoa que usa a rede social, não precisa ser creator. Na realidade, em UGC, essa pessoal geralmente não é creator. Até porque, via de regra, pra creators fazerem conteúdo para marcas, eles querem (e precisam) ser pagos. Criar conteúdo é o trabalho dessa galera, né? Da mesma forma que alguém de marketing não criaria uma propaganda gratuitamente, do nada.

O ponto do conteúdo criado por pessoas comuns nas redes sociais para falar de produtos ou serviços, o tal UGC, é que 80% das pessoas confiam nessas indicações digitais, segundo um report de 2021 da Stackla.

Creators, em suas campanhas de mkt de influência, têm um percentual parecido: 71% dos consumidores disseram que confiam na opinião de influencers sobre produtos e serviços (Fonte: Building better connections 2022, Nielsen).

Em algum momento, alguém deve ter pensado: creator + UGC = sucesso. E aí começou a febre. A hashtag #ugccreator no TikTok já acumula mais de 100 milhões de visualizações e conta com dezenas de milhares de posts no Instagram.

Então hoje, UGC Creator é um termo usado pra definir o conteúdo que foi criador por um uma pessoa PAGA pra isso pra parecer como um post de uma pessoa comum fã da marca, mas que na real FOI PAGA PELA MARCA. A diferença é que ele não vai publicar isso em suas próprias redes, mas sim nos perfis da marca.

“Ao contrário dos influencers que precisam crescer sua audiência antes de trabalhar com marcas, o UGC Creator não precisa ter milhares de seguidores e nem é obrigados a mostrar sua cara. Ele só precisa criar conteúdo que possa ser compartilhado nos perfis das marcas”, disse Lindsay Ashcraft da Later Social.

E aí, qual é a questão por trás desse lance de UGC Creator?

Por um lado, podemos dizer que pessoas em redes sociais que criam conteúdo seriam, por excelência “UGC creators” de toda forma.

Por outro lado, há uma questão: quando alguém faz isso de forma paga, o lance de “orgânico” ou “espontâneo” que acompanha a definição inicial de UGC cai por terra, né?

Há algumas ângulos que a gente pode usar pra pensar sobre isso:

  1. Palavras e definições evoluem, ainda mais quando falamos desse mundão da internet e do digital, em que tudo é muito novo e tá todo mundo se achando. Então, se a geração Z de creators trouxe uma nova definição ou uso pra UGC, tudo bem, vamos ver qual definição resiste ao tempo.
  2. Como sempre, a gente defende que quem cria conteúdo digital com a finalidade de anunciar algo na rede social precisa, deve, necessita ser responsável. Se for criar conteúdo pra marca, sempre sinalize. Se for um conteúdo com carinha de UGC, que é pra parecer espontâneo, isso se torna ainda mais crucial. Além de ser responsabilidade de creators ser transparente com o público, a lei brasileira é clara: publicidade precisa ser demarcada.
  3. Como toda novidade, essa ainda não pegou por aqui — é uma análise da gringa. Mas, de novo, como toda novidade, é bem capaz de vermos isso realmente “viralizando” por aqui (trocadilho proposital). Bora ficar de olho e já começar da melhor maneira possível? Entendendo que conceitos mudam e sendo claros com a audiência, os dois pontos anteriores, nos parecem boas diretrizes.

Quer ler mais sobre o assunto? A gente tirou bastante aprendizado do artigo da Later.Com e eles ainda têm algumas dicas pra criar conteúdo desse tipo.

E aí, você já tinha visto esse termo? O que achou do rolê todo? Conta pra gente!

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