Marketing na era da Creator Economy: 5 grandes desafios a se enfrentar

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6 min readNov 4, 2022

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Marketing é a disciplina de levar uma empresa ou negócio para o mercado. O grande segredo é conhecer bem o mercado e os fatores ao redor dele. Com o surgimento do cenário que chamamos de “Creator Economy”, o mercado muda — e muito!

Qual o problema? Como tudo que é novo, um panorama de Creator Economy gera dificuldades de se manter atual, porque ainda estamos entendendo esse mundo. Vai ter metaverso, não vai ter metaverso? Só pra exemplificar uma das questões. Aí, bate o desespero.

Um ponto muito claro num ambiente de Creator Economy é que creators estão no centro da conversa online. E, para as marcas de quem o marketing cuida, se posicionar digitalmente é um dos maiores desafios dos profissionais. Aliás, bora parar de usar a palavra “digital”? Quem tá no on é a mesma pessoa que tá no off e os dois mundos se fundem.

É por conta de terem posicionamentos humanos e bem definidos que, dentro desse cenário a galera creator se destaca. E ela tem um lance ao redor que interessa muito ao marketing: as comunidades. Mas como o marketing pode trabalhar com essas comunidades, creators e esse rolê todo da conversa e posicionamento nesse cenário de Creator Economy?

Pensando em quem ainda tem dificuldade de se desapegar dos moldes tradicionais, listamos aqui 5 grandes desafios a se enfrentar pra aproveitar tudo que se ambientar na creator economy tem a oferecer para o mundo do marketing. Bora?

Lidar com a distância entre a marca e o público

O futuro do Marketing não parece estar na publicidade tradicional e, sim, na parceria com creators, por suas habilidades de “storytellers” e de proximidade com o público, que geram mais confiança do que qualquer empresa. São essas pessoas que trarão a autenticidade que as marcas tanto buscam (e não encontram).

Isso quer dizer que essa galera creator tem poder nas redes e meios em que conversam com o público (que pode ser seu público-alvo, o que faria de creators uma parceria estratégica, sacou?). Cada creator que se dedica a construir uma comunidade ao redor do seu tema ganha autoridade e tem o que chamamos de “capital social”.

Quando falamos sobre “capital social”, não falamos apenas sobre exibir produtos e esperar que uma audiência os compre. Aqui, nos referimos à confiança e reciprocidade que existe entre creators e suas comunidades.

E a real é que as pessoas não acreditam tanto assim em marcas. Segundo uma pesquisa da Edelman, a Trust Barometer, 63% das pessoas confiam muito mais no que influencers ou creators dizem sobre uma marca do que a marca diz sobre si mesma.

Encontrar o toque humano nas relações com o público-alvo

Não adianta uma marca imitar o comportamento de seus consumidores na internet. Ela continua sendo uma marca. Uma copy bem feita, um design atraente e mesmo um anúncio bem distribuído não fazem milagre dentro do novo cenário exigente do público de transparência e autenticidade.

Com um pano de fundo de creator economy, é preciso se reinventar e explorar as linguagens, os recursos nativos digitais e a conexão com a comunidade que só creators têm. E por que isso acontece? Porque comunidade não é apenas sobre ter audiência, juntar seguimores e fãs: creators são próximos, autênticos, cuidam da comunidade de um jeito que marcas não conseguem fazer até pela natureza do negócio.

Quando o marketing aposta em parcerias com creators e influencers, empresta essa relevância que a pessoa tem com sua comunidade pra marca, bem como o toque humano na relação com o público.

O que constrói essa relevância é o trabalho perene de cada creator: a linguagem próxima, o conhecimento do público, a autenticidade e a consistência do conteúdo.

Entender a diferença entre influência, influencer e creator

Influência é uma consequência do trabalho de determinada pessoa e não apenas um nome bonito que se coloca na bio do Instagram. Uma pessoa influente causa mudanças concretas de pensamento e comportamento em sua audiência. Não é só falar por falar. É falar pra quem ouve e confia no que é dito.

Agora, vamos falar de influenciadores. Esse termo não se resume a qualquer pessoa que trabalha com internet, tá? Para que uma pessoa se transforme em influenciadora, é preciso que ela exerça influência (parece óbvio, mas precisa ser dito).

No caso de creators, isso significa que devem constantemente produzir conteúdo de valor, dentro e fora da internet. E o que define esse conteúdo de valor é o propósito, a paixão, o serviço público e a autenticidade.

Nesse âmbito de criação, o que importa aqui é a comunidade que a pessoa influenciadora está formando e a confiança que os seguidores têm na opinião dela. Foto bonita sozinha não faz isso, nem números de likes ou seguidores e, na creator economy, conexão vale mais do que tudo!

E, por último, os creators, o principal ativo dessa nova economia, que nada mais são do que criadores de conteúdo digital. Se nem todo influencer é creator e nem todo creator é influencer, como podemos diferenciar os dois?

Apesar de as duas funções se misturarem em muitos dos casos, creators vivem de sua produção de conteúdo, fazendo dela uma marca, uma empresa. É como se o conteúdo fosse seu principal ativo, que, por outro lado, exerce influência dentro de sua comunidade. Alguns deles fazem um trabalho que leva à influência, e se tornam também influencers. Outros não, e pode nem ser objetivo.

Da mesma forma, tem influencer que ganha influência só pelo status de celebridade, mas não necessariamente produz conteúdo (leia-se: não é creator).

Enxergar a parceria com creators como oportunidade além de #publi

Achar que fazer marketing de influência é apenas planejar ações pontuais com criadores é desperdiçar todo o potencial do cenário de creator economy. As conexões contínuas, a longo prazo, trazem criadores de conteúdo pro centro dessa brincadeira. E temos dados da Nielsen de que ter frequência em ações de mkt de influência amplifica resultados de verdade.

Por que isso acontece? Porque a influência é baseada em 4 pilares:

  • Conectar com a comunidade
  • Fomentar conteúdos e ações
  • Ter coerência
  • Construir autenticidade

Um combo básico post + 3 stories não faz isso, tá? Conteúdos com narrativas verdadeiras necessitam de tempo para construção, e são eles que estimulam o interesse das pessoas. Só conseguimos isso com relacionamento e co-criação com influencers.

A interseção de conteúdo e influência é o segredo do sucesso dessas parcerias:

Imagem que ilustra uma das aulas da nossa formação de profissionais de marketing de influência, o IMP

Creators são muito mais do que banners de anúncio. Eles são líderes de suas comunidades, pessoas criativas, centrais de informações e insights valiosos, alavancas de atributos de marca e muitas outras coisas que muitos profissionais de marketing ainda não aprenderam a valorizar. É isso que ensinamos no nosso programa completo de formação de profissionais de marketing de influência, o IMP.

Sair dos moldes tradicionais de marketing e procurar novas potências

Já parou pra pensar em quanto talento e potencial é desperdiçado o tempo todo por não conseguirmos enxergar fora da caixa? Nada contra os grandes perfis (temos até amigos que são 😁), mas é preciso ir além na hora de procurar com quem quer se trabalhar, deixando de lado a tradicional lógica das celebridades e pensando nessa conexão com comunidades.

O cenário com a creator economy se distancia (e muito) da cultura de massa, porque audiência não tem a ver com números e, sim, com relevância e autenticidade. Ela é construída em torno de interesses bem específicos, nichados. Acaba que o nicho vale mais, converte mais e — olha só! — custa menos.

E as pessoas que podem nos oferecer isso e todos os outros itens listados neste artigo não estão necessariamente sob os holofotes da grande mídia. Eles podem vir de absolutamente qualquer lugar!

E como saber onde estão? Observando, criando repertório, consumindo conteúdo, ficando de olho em quem sai do padrão e, ao mesmo tempo, conversa com a comunidade que queremos alcançar. Aprender mais sobre marketing de influência pode e vai te ajudar.

Resumo da ópera? A creator economy trouxe pras marcas e pro marketing ao redor delas, acima de tudo, uma mudança de paradigmas na comunicação. Antes, em um comportamento passivo, elas eram protagonistas e evidenciavam seus produtos pros consumidores.

Hoje, as marcas precisam ser engajadas, fazendo parte das comunidades e encontrando conversas em que possam se inserir, de forma humana.

Conheça melhor esse cenário, observe como essas relações próximas de influência acontecem, mergulhe nesse mundo. E conta com a gente pra te dar a mão no caminho para a creator economy e no trabalho com creators & influencers. Bora juntes!

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A YOUPIX é uma consultoria de negócios para a Influence Economy.