Bem-vindos ao
youPIX FWD!

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18 min readApr 6, 2015

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Por que você está lendo esse texto no Medium?

*foto: ensaio publicado na revista PIX #1 em 2006

por Bia Granja, co-fundadora do youPIX

Pouca gente sabe disso, mas o youPIX começou em 2006 como uma revistinha impressa. Ela se chamava PIX e reunia as coisas mais legais da internet: links, piadas, pessoas, comportamentos. Naquela época, 9 anos atrás, eu já era completamente apaixonada pelo poder que a internet trouxe pras pessoas: o de criar e distribuir conteúdo livremente. Antes da web, a gente até criava, mas distribuir conteúdo era exclusividade de grandes grupos de mídia com muito poder financeiro.

Mas em 2006 já existia um cenário crescente de pessoas criando e distribuindo conteúdo independente na web e se profissionalizando. Eram quase todos blogueiros, já ganhando dinheiro e começando a mudar a maneira como a gente criava e consumia conteúdo online.

A revista PIX tinha o tamanho de um cartão postal e era distribuída gratuitamente em cinemas, bares, universidades e outros pontos de circulação jovem. Em pouco tempo ela caiu no gosto dessa galera, que até criou uma comunidade no Orkut (sdd ❤) pra trocar edições da PIX, tipo figurinha da Copa, sabe? Os leitores começaram a criar encontros espontâneos pra fazer o troca troca e falar de web. Muito foda, né?

Matéria da revista PIX #1 que falava sobre as mudanças de comportamento que os cameraphones estavam trazendo pra sociedade. // Capa da revista PIX #1
Matéria da revista PIX #1 sobre a obsessão crescente dos jovens por selfies (naquela época não tinha esse nome) // Ensaio da moda +tecnologia

E porque todo mundo amava a PIX? Por que ela falava sobre as coisas da internet sem nenhum tipo de afetação. Os veículos tradicionais tratavam — e ainda tratam — a web como um zoológico e as pessoas que já estavam inseridas nessa cultura eram tipo objeto de estudo: "nerds, do que se alimentam, como se reproduzem, etc".

Mas a PIX não!

Eu era a editora da revista, amava internet e já achava incrível o movimento que começava a tomar forma. Acho que essa foi a grande diferença: eu falava sobre web como alguém da web e não como uma mera observadora que achava tudo estranho "mas vamos falar sobre já que essa meleca tá crescendo e a gente precisa preencher página aqui do jornal".

Revista PIX ganhou destaque na mídia que cobria tendências e comportamento jovem \o/

BláBláBlá PIX

Com o tempo, essa cultura que vinha da web e seus personagens foram crescendo e achamos que era hora de reunir esse povo todo em algum lugar pra discutir e celebrar isso tudo que eles estavam criando e ninguém sabia muito bem onde ia dar.

foto do BláBláBlá PIX #1 em 2007

Em 2007 fizemos um evento embrionário na Fnac Pinheiros que se chamou "BláBláBlá PIX". O primeiro teve o tema "Mulheres 2.0" e reuniu pessoas como Clara Averbuck e Bia Kunze pra falar sobre o papel da mulher e sua relação com a internet. Essa discussão é uma das mais latentes e importantes na web hoje, mas há 8 anos a gente já estava fazendo disso tema de discussão em nossos eventos.

O 2o evento falou sobre SEXO e Internet e contou com a participação de Bruna Surfistinha e convidados. Criei uma playlist pra quem quiser assistir esses que representaram o embrião do youPIX Festival. Dá pra assistir tudo aqui — inclui também nosso "nano-documentário" sobre Mulheres 2.0.

O Cafofo da Internet

Em 2008, o ex-VJ da MTV, Cazé Peçanha, era dono do Espaço Gafanhoto, uma casinha na Av Rebouças em SP onde ele já fazia alguns encontros relacionados a internet. Nesse ano, por conta do nosso histórico fomentando o universo da web, ele nos convidou pra unir forças e dividir o espaço, que passou a se chamar Gafanhoto-PIX.

Foi em março de 2009 que fizemos o primeiro youPIX Festival. O evento teve 3 dias de duração e reuniu 1500 pessoas. Foram 3 dias de festa, palestras e encontros — teve debate sobre monetização (assunto eterno), teve encontro de webcelebridade cantando, teve youtuber falando sobre esse novo espaço criativo, teve experiência científica ao vivo, teve convidado internacional (2!), teve cerveja, teve muita coisa.

Marco Gomes ganhando prêmio de Geek do Ano em 2009

Foi também quando lançamos a Memepedia (a 1a enciclopédia de memes do Brasil) e o Melhores da Websfera, nossa premiação pra destacar a galera que estava mandando bem na internet. Era o primeiro prêmio voltado pra mídia independente, o Melhores não aceitava portais e projetos da grande mídia. Nosso objetivo sempre foi destacar o trabalho da galera DA INTERWEBZ e não o mainstream.

Os encontros foram tão legais, que em 2009 fizemos 5 eventos (haja fôlego !) e a casinha virou o ponto de encontro da web — inclusive, como era super mal dividida e apertada, ganhou o apelido fofo de "Cafofo da Web". Nosso Flickr tá cheio de fotos divertidas daquela época, clica aqui pra ver.

Assim como a revista PIX, que trazia uma linguagem extremamente informal (muito parecida com a web) e falava a mesma língua da galera, o youPIX Festival seguiu pela mesma linha e foi um evento que logo de cara já mostrou que estava muito à frente do seu tempo. Nos posicionamos entre um show de rock (da web) e uma conferência de negócios. A gente nunca teve nenhum medo de usar o mesmo espaço pra discutir e se divertir — afinal, o evento sempre foi uma reprodução ao vivo do que era o browser das pessoas na internet: muitas abas abertas contendo assuntos dos mais variados, indo do humor à seriedade em um clique.

"O melhor da web no mundo real"

Além do formato inovador (amplamente copiado por outros eventos), o youPIX foi a única plataforma que entendeu e passou a fomentar, discutir, dar palco e premiar as pessoas que estavam construindo o mercado de conteúdo digital independente no país. Enquanto o mainstream olhava as ~pessoas da internet~ como “jovens alienados que passavam o dia de cueca na frente do computador”, o youPIX já falava que a coisa era muito mais profunda e poderosa do que isso.

Do Cafofo pro MIS

No final de 2009, o Cafofo da Internet começou a ficar pequeno pra tanta gente querendo discutir internet e nos obrigou a achar uma nova casa: o MIS, Museu da Imagem e do Som em São Paulo.

Ficamos 2010 no MIS, onde fizemos dois eventos, lançamos o Melhores da Twittosfera, um documentário muito legal sobre a relação da música e tecnologia, tivemos a presença do CEO do I Can Haz Cheezburger, do fundador do HypeMachine, do David After Dentist, do Guilherme Zaiden (sdd ❤), de celebs da TV tipo o Hélio de La Pena, do PC Siqueira (primeiro youtuber famosão) e de toda a galera da internet brasileira que já tava dando o que falar. Fomos Trending Topic em todas as edições e umas delas destravou a 1a Swarmbadge brasileira do Foursquare, dado a eventos que estavam bombando.

A coisa não parava de crescer!

Além disso, foi em 2010 que lançamos o piloto de algo que eu amo no youPIX: concursos pra novos talentos da internet. Fizemos no MIS um concurso que chamava Blog Talent Show, dedicado à encontrar novos talentos da blogosfera. A gente já tinha o Melhores da Websfera pros caras fudidões e queriamos ajudar também os novos talentos a ganhar voz e espaço dentro do ecossistema web. Segura que já vou falar mais sobre isso, um das coisas das quais mais me orgulho de ter criado.

Do MIS pra Bienal

E assim, em 2011, migramos para uma nova casa. De 100 pessoas no BláBláBláPIX, passando pra 1500 no Cafofo da Internet, aumentando mais ainda no MIS, até chegar na Porão das Artes da Bienal.

youPIX no Porão das Artes

Foi aqui que a parada começou a ficar gigante! Em 2011 o Youtube já tinha uma cena mais robusta, os blogs já estavam num nível avançado de profissionalização e, além das webcelebs ocasionais (aquelas que ficavam famosas em um dia e sumiam no outro, tipo Garoto Mamilos, etc), o youPIX reunia as celebridades da internet que já tinham um público cativo e uma comunidade muito engajada em torno de si. Com 5 palcos rolando ao mesmo tempo, vários curadores convidados e fazendo uma reprodução da internet ao vivo, o evento cresceu pra além daquela primeira galera que se reunia no Cafofo da Internet.

A coisa foi virando mainstream, já que a própria web seguia por esse caminho. Lembro que em 2011 a coisa tava tão grande, que os bombeiros da Bienal tiveram que fechar a porta do evento na cara de 300 pessoas, porque ele já estava overlotado. Parecia cena de The Walking Dead, sabe? Eu, desesperada, querendo que todo mundo entrasse, consegui negociar com o Bob, chefe da coisa toda, que a gente traficasse algumas pessoas pra dentro do evento por outra porta. Passavamos algumas pessoa por vez, a cada xis espaço de tempo, até conseguir por todo mundo pra dentro.

A minha visão sempre foi de inclusão.

Isso é uma questão meio filosófica. A internet é essa coisa democrática, que dá voz pras pessoas, derruba hierarquias, não segrega por geografia ou poder aquisitivo. Web é inclusão! Por isso, tudo o que fizemos sempre foi gratuito. Sempre fiz questão de que todos pudessem entrar no evento e não só quem tivesse grana. Isso também representou um grande diferencial do evento. É claro que a medida que o youPIX Festival cresceu, os desafios de conseguir achar patrocínio pra bancar tudo de graça pro povo aumentaram. Mas na ralação, sempre conseguimos manter o youPIX free.

Por isso o festival rapidamente virou uma das principais opções de entretenimento jovem de São Paulo, já que, ao unir diversão com discussão, dava pra galera a oportunidade de encontrar pessoas que amavam a mesma coisa que elas e falavam sobre os mesmos assuntos. "Eu venho no youPIX, encontro meus ídolos, tomo uma breja, me divirto com a galera e ainda tem um monte de conteúdo que eu amo". Qualquer outra opção de entretenimento voltada pro jovem era tipo show ou festival de música que custava o olho da cara pra entrar. Não eram muito inclusivos.

Vencedores do Video Talent Show

Falando nisso, foi em 2011 que aumentamos ainda mais o espaço pra novos talentos do conteúdo digital dentro do youPIX e lançamos mais dois concursos além do voltado pra blogs: um pra podcast e outro pra vídeo.

Só no youPIX…

E foi também nesse ano que a gente consolidou nosso formato bem louco de evento, reunindo em um mesmo espaço pessoas como Gilberto Gil, INRI Cristo, Senador Cristovam Buarque, PC Siqueira, Sergio Mallandro, Paulo Lima, Tonkiel, Rafinha Bastos, Rosana Hermann, Demi Getschko, Vitinho Sou Foda, Não Salvo, Double Rainbow Guy, Rene Silva, Pablo Miyazawa, m00t do 4Chan (que inclusive teve um momento memorável no palco ao lado do Rafinha, Caue Moura e Não Salvo), Mandic, Caio Tulio Costa, Lucio Ribeiro, Pereio, Jovem Nerd, Serguei, Alexandre Matias, Tati Bernardi, Lia Kitty Kills, Janara Lopes… a lista é infinita, mas misturava mainstream com web com gente séria com zoeira com cerveja com amendoim colorido com esmalte com show com concurso com premiação com workshop com inclusão com…. TUDO!

E daí veio 2012…

Em 2011, o youPIX já reunia mais de 11 mil pessoas por edição. Assim, tivemos que mudar de novo o local do evento, indo pro segundo andar da Bienal. E, além de crescer o evento dentro de São Paulo, resolvemos leva-lo pra outras cidades e países: fomos pra Porto Alegre, Rio de Janeiro, San Francisco (EUA) e Madrid (Espanha).

Foi nesse ano também que fui convidada a palestrar no MIT em Boston, a instituição mais importante no estudo de novas mídias e tecnologia, onde pude falar sobre o que faz do brasileiro um dos seres mais rede-sociáveis do mundo e apresentar algums memes, virais e personagens da nossa internet. Definitivamente foi um dos momentos mais importantes da minha carreira (?) como ~especialista de internet~ e representante informal da comunidade web brasileira. Falei sobre a experiência pro Estadão, leia aqui.

youPIX & The Interwebz

Aliás, esse lance de ser uma espécie de representante da galera da interwebz foi meio que rolando naturalmente ao longo dos anos. Da mesma maneira que a revistinha PIX estava a frente do seu tempo e falava de internet sem afetação, o youPIX (com os eventos e, principalmente, seu site) também se tornou a única plataforma a discutir e celebrar o conteúdo e movimentos culturais criados pelos jovens usando a rede.

Em 2012 a grande mídia já fazia muitas matérias sobre o universo dos youtubers e memes, mas não conseguia deixar de lado aquele olhar outsider da coisa e a necessidade de pintar a web como coisa de jovem alienado, meio que pra diminuir a importância de tudo aquilo que rolava lá e começava a ganhar um corpo maior do que eles gostariam.

Mas já era tarde demais…

Fomentando o ecossistema

*foto: youPIX Festival 2014 — fãs histéricos em busca de uma selfie com seus

2013 veio e fizemos eventos maiores e mais épicos em São Paulo e no Rio. Também lançamos uma nova iniciativa voltada pra startups de conteúdo digital dentro do youPIX, a Content Talent Expo, que era uma feira de novos talentos. Além de ganhar um mini-stand no evento, os selecionados também poderiam se apresentar no palco principal do evento e ganhar prêmios. Essa feira e esse concurso cresceram bastante e deram oportunidades incríveis praqueles que participaram. Tenho inúmeros relatos de participantes que conseguiram parcerias comerciais, de conteúdo, visibilidade, networking… enfim, pra vários deles, o youPIX foi fator determinante pro crescimento e sucesso de seus projetos de conteúdo. Inclusive lançamos alguns talentos que estão bem grandinhos hoje.

A missão do youPIX sempre foi fomentar e fazer com que esse ecossistema de criadores de conteúdo crescesse e se profissionalizasse. Tanto nas nossas plataformas digitais quando nos eventos, tudo o que fizemos foi com o objetivo de ajudar a fazer a cultura de internet ser levada a sério. As manifestações de 2013 ajudaram muito nesse sentido, porque mostraram pro mundo — e pras próprias pessoas da web — que elas tinham um poder maior do que apenas fazer viralizar gif de gatinho.

Em 2013, a internet estava cada vez mais misturada com a vida de todo mundo. Smartphones, banda larga, planos 3G mais baratos, tudo isso serviu pra que a web deixasse de ser uma coisa separada, para qual tinhamos que reservar um tempo do nosso dia, e se tornou algo mais tipo luz elétrica. A gente nem lembra que tá conectado, a não ser quando a conexão cai, claro.

Com a conectividade cada vez mais onipresente em nossas vidas e o apelo óbvio com o público jovem, a web se tornou o coração da cultura dessa galera e seus personagens foram ganhando status de rockstars e acumulando uma influência absurda junto a esse público. 2014 veio, fizemos um evento lindo pra 18 mil pessoas… e então chegamos, finalmente, ao dia de hoje.

youPIX fase 1:
mission complete

Ao longo desses 9 anos de vida, o youPIX fez mais de 10 mil posts e reuniu mais de 30 milhões de unique users em seu site, distribuiu 95 trófeus no Melhores da Websfera (e um prêmio Hors Concours), somou mais de 2 milhões de votos nas premiações, foi Trending Topic em 14 dos 17 eventos que fez, teve 1680 palestrantes nos festivais, sendo 29 internacionais, reuniu mais de 84 mil pessoas e deu espaço pra mais de 100 novos talentos da web.

O youPIX se tornou o principal ponto de encontro dos creators e seus fãs, o principal hub de discussão sobre os rumos e o mercado do conteúdo digital (cada vez menos indie), se transformou em um fomentador desse ecossistema, em um enorme porta voz desse movimento todo.

Em 2013 fui eleita uma das 100 brasileiras mais influentes do país. Isso me mostrou o quanto meu trabalho a frente do youPIX já estava se expandindo pra além da bolha digital e tendo seu impacto no mundo offline.

Ao longo desses 9 anos, fui em todos os programas de rádio e TV, da Globo ao Piraporinha News, defendendo que a cultura de internet não é um apanhado de memes e jovenzinhos falando pra câmeras. Fiz artigos pra jornais e revistas. Fiz inúmeras colunas no próprio site do youPIX. Dei palestras em universidades, em empresas e em associações tentando explicar o quanto essa cultura de internet, que é a cultura do jovem, está transformando o mundo e quebrando paradigmas em várias indústrias.

Ao longo dos anos, esses criadores de conteúdo passaram a influenciar a cultura e se transformaram em verdadeiros agentes de transformação do nosso tempo: eles tem atitude, são criativos, democratizam o acesso à informação, tem opinião, discutem e ensinam coisas, muitas coisas, questionam o status-quo, inspiram, entretem… e eles fazem todas essas coisas sob uma perspectiva muito humana e muito real. Assim, acumularam uma legião gigantesca de fãs e seguidores.

Todos esses criadores de conteúdo estão roubando da TV Globo, da Folha e de outros veículos tradicionais o poder de determinar o que é informação, entretenimento, opinião e notícia. Isso é uma revolução comportamental sem tamanho.

O youPIX sempre esteve a frente do seu tempo ao celebrar, dar palco e discutir essa revolução. Nós ajudamos a dar visibilidade pra esses personagens e suas criações. Mas agora a web já é mainstream… e vazou pra fora da internet.

Até sites como o da revista Exame fazem lista de memes hoje em dia, sua mãe já passou um meme pra frente no ZapZap (mesmo sem conhecer o termo), youtubers já ganharam cadeira cativa em alguns programas da televisão e publicam livros que se transformam em best sellers em poucas semanas.

Foi por isso que tiramos o começo do ano pra refletir sobre qual seria o papel do youPIX a partir desse ano. Pra onde vai o festival? O que cada público quer quando comparece ao evento? Qual o papel que o nosso site tem dentro desse novo cenário?

Enquanto fazíamos essa reflexão pra planejar o ano, algo engraçado aconteceu: eu estava trabalhando em uma matéria sobre os youtubers que viraram best-sellers quando fui furada pela Vejinha. Sim, a Vejinha SP, argh, deu na capa de sua revista essa matéria que antes só teria espaço no youPIX!

Que época incrível pra se viver, amigos!

E essa foi a epifania final que precisávamos pra entender que, 9 anos depois, a fase 1 do youPIX está cumprida.

Bem-vindos ao
youPIX FWD! \o/

Estamos inaugurando hoje uma nova fase, o youPIX FWD.

Enquanto a fase 1 era totalmente dedicada a trazer awareness pra cultura de internet e o universo de creators, a 2 fase vai estar totalmente focada em pensar o que essa revolução cultural-comportamental significa e discutir conteúdo digital e o mercado de creators.

Esse mercado já é extremamente profissional, um negócio gigante que movimenta bilhões de dólares anualmente, e no Brasil não existe ninguém analisando isso além do youPIX.

youPIX fase 1 era pageview, eventões pra milhares de pessoas, celebração, quantidade, eyeballs e viralidade.

youPIX fase 2 é relevância, pensamento, qualidade, engajamento, comunidade, discussão e impacto.

O que isso significa na prática?

1) Não teremos youPIX Festival esse ano

O youPIX Festival virou uma espécie de fanfest (onde fãs iam apenas pra tirar foto com seus ídolos) misturada com uma conferência (discussões, debates, workshops sobre conteúdo digital e creators).

Mas a parte fanfest foi sempre a que reuniu mais pessoas. Das 18 mil que estavam lá, quase 80% estava interessada mais na parte da zueira e menos na parte de discussão. Porém, no youPIX FWD, a nossa nova fase, vamos valorizar a parte do pensamento, que discute o mercado. Assim, nesse momento, não faz sentido fazer um eventão gigantesco pros fãs.

Sim, a gente também ama de paixão reunir toda a galera em um espaço pra 2 dias de muita festa e também sabemos que o youPIX Festival representava uma grande oportunidade pros fãs encontrarem seus ídolos pra tirar aquela selfie marota. Mas não fiquem tristes, estamos pensando em outros formatos que promovam esses encontros e em breve teremos novidades.

2) Teremos o youPIX FWD

Esse ano faremos um outro tipo de evento, fechado apenas para poucos convidados aqui em São Paulo, com objetivo de discutir e fazer uma imersão no mercado de creators e conteúdo digital.

Esse evento, que vai rolar no 2o semestre, vai reunir os mais relevantes creators, representantes das novas mídias digitais e marcas pra discutir temas essenciais para a evolução do mercado de conteúdo digital. Estão programados keynotes, debates, case studies e grupos de trabalho com foco em promover diagnótisco e apontar caminhos e tendências do universo do conteúdo digital brasileiro.

Ao final do evento, o youPIX vai produzir um paper e um mini-documentário sobre o que foi o encontro e as discussões. Esse material fará um retrato do mercado atual e deixará propostas para o seu desenvolvimento, de acordo com o que foi discutido nessa "reunião de cúpula da internet".

Pois é, vai ser bem foda e bem propositivo!

Como dissemos, o evento será fechado apenas para convidados, mas se você quiser saber mais sobre o que vai rolar, cadastre seu nome aqui.

3) Mudamos pro Medium

Da mesma forma que as discussões mais sérias acabavam ficando diluidas dentro da festa que era o youPIX Festival, as nossas matérias e colunas mais reflexivas se perdiam no nosso site em meio às listas de memes, tumblrs do dia e outras coisas mais fun.

Vocês conhecem o Medium? O Medium foi lançado pela mesma galera do Twitter como uma opção de publicador que poderia salvar a internet do flood de informações e textos sem novidades que proliferam na rede. O slogan dos caras é “um lugar melhor pra ler e pra escrever coisas que importam” e, em geral, eles entregam o que prometem. Com essa premissa em mente, as pessoas que escrevem por aqui (como por exemplo, o ator Leonardo Di Caprio) costumam se engajar mais na qualidade dos textos e reflexões, o que transforma o Medium em um canal excelente pra novos pensamentos.

Como o youPIX fase 2 é justamente focado em pensamentos, resolvemos usar a própria plataforma do Medium pra fazer isso. A partir de hoje, você lerá as melhores análises e reflexões de gente foda do mercado digital sobre conteúdo e mercado de creators na nossa publicação.

Fizemos alguns testes nas últimas semanas publicando coisas antigas no Medium e o resultado foi muuuuuito interessante. Inclusive percebi o quanto somos tastemakers desse universo digital, já que recebi alguns emails, inbox e replies tentando entender o que significava nossa recente adesão ao Medium e o que estavamos achando. É isso que queremos fazer! Queremos fazer as pessoas pensarem sobre modelos há muito estabelecidos, queremos provocar o mercado e faze-lo evoluir.

Pra onde vamos? Ainda não sei! Mas clique aqui pra acessar a nossa publicação e aperte o botão de "follow" pra ficar sabendo quando lançarmos um conteúdo novo.

Você vai poder continuar acessando todo o arquivo do antigo site por aqui e nós continuamos fazendo parte da família Virgula. ❤
Ainda não sabemos o que vamos fazer com a Memepedia, que é importante pra registrar a cultura viral e memética do nosso tempo. Em breve a gente conta o que vai rolar.

4) Outras coisas

Além do youPIX FWD e do Medium do youPIX, também estamos trabalhando com parceiros pra trazer pra vocês outras discussões, como por exemplo a websérie que fizemos com a galera da BitFilmes durante o SXSW e que tem 4 episódios focados em conteúdo. Dá o play aí que ficou foda:

Também continuaremos usando toda a nossa inteligência e expertise sobre conteúdo digital, creators e millenials em outras frentes, como consultoria, palestras, atividades in company, aulas, rodadas de negócios, estratégia de conteúdo, projetos customizados e outros babados.

Com tudo isso, sentimos que o youPIX FWD está olhando novamente pra frente e puxando a discussão sobre esse universo. Estamos deixando de lado conceitos que já vão ficando ultrapassados, como pageviews, pra ingressar de vez naquilo que acreditamos ser essencial nessa nova era: conversas e comunidades.

Alguns amigos próximos que ficaram sabendo da novidade antes consideraram nossa atitude ousada, mas nenhum deles achou que estavamos ficando loucos ou indo pro caminho errado.

Estamos indo pra frente!

Vamos juntos? ☺

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